quarta-feira, agosto 04, 2010

PL DE 30 HORAS APROVADO...IUHUUU!!!

Jornada de 30 horas para assistentes sociais


Ato Publico do CBAS no senado
SOB APLAUSOS e gritos de "vitó­ria" de assistentes sociais que lo­tavam as galerias, o Plenário do Senado aprovou ontem o Projeto de Lei da Câmara que fixa em 30 horas semanais a jornada de trabalho dos assistentes sociais. A proposta (PLC 152/08) acres­centa dispositivo à Lei 8.662/93 e garante ainda
a adequação da jornada, sem redução de salário, aos profissionais com contrato de trabalho em vigor. O texto se­guiu para sanção presidencial.

De autoria do deputado Mau­ro Nazif (PSB-RO), o projeto recebeu parecer favorável na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, onde foi rela­tado pela senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO). Em Plenário foi lido pelo relator ad hoc, Flávio Arns (PSDB-PR). Vários senadores afirmaram, durante o
processo de votação, que a redução da jornada era uma questão de justiça com a categoria, que atua frequentemente com os mais pobres e as minorias, exercendo um trabalho extenuante.

Ao justificar sua iniciativa, o autor do projeto argumenta que os assistentes sociais integram uma categoria cujo trabalho leva rapidamente à fadiga fí­sica, mental e emocional. São profissionais que atuam junto a
pessoas que passam pelos mais diversos problemas, seja em hospitais, presídios, clínicas, centros de reabilitação ou outras entidades destinadas ao acolhi­mento e à reinserção da pessoa na sociedade.

A relatora da matéria na CAS assinalou que os assistentes sociais são profissionais "que apresentam alto grau de contato interpessoal, ficam mais expostos aos agentes nocivos da atividade e têm sua saúde física e mental, assim como sua qualidade de vida e profissional, mais afeta­das, já que interagem de forma muito ativa com os usuários de seus serviços".

De acordo com o Bureau of La­bor Statistics, citado no parecer da CAS, o serviço social é uma profissão para aqueles com de­sejo de ajudar a melhorar a vida das pessoas. Por isso, o objeto de estudo dessa profissão é a questão social, "com as conse­quentes desigualdades e lutas da sociedade, cabendo ao
assistente social o enfrentamento da mar­ginalização social".

De acordo com pesquisas ci­tadas pela relatora da matéria, entre os profissionais da saúde, o assistente social, ao lado do médico e do enfermeiro, é o que apresenta um dos maiores índices de estresse. A carga de responsabilidade depositada nesse profissional é grande, pois dele depende, em muitos casos, a continuação do tratamento pelo indivíduo.

Como regra geral, a Constitui­ção fixou a duração da jornada de trabalho em oito horas diárias e 44 horas semanais. Algumas atividades, entretanto, exigem mais do trabalhador, levando-o mais rapidamente à fadiga, por desgaste físico ou psicológico, conforme explicou o autor da proposta. Ele citou, entre ou­tros profissionais da área de saúde com direito a jornada de trabalho reduzida, os médicos, auxiliares de laboratorista e de radiologista, técnicos em radio­logia, fisioterapeutas e terapeu­tas ocupacionais.

Jornal do Senado, 04/08/2010 p. 5

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